A pele
Ao conjunto da pele e estruturas anexas como o cabelo, unhas e glândulas (pequenas estruturas responsáveis pela produção e libertação de substâncias) chama-se sistema tegumentar.
Funções da pele
A pele desempenha várias funções importantes:
- Proteção. A pele protege-nos contra a entrada de microorganismos, contra o desgaste diário (abrasão) e ainda nos confere proteção contra a radiação ultravioleta
- Sensibilidade. Na pele localizam-se recetores responsáveis pelas sensações de calor, frio, tato, pressão e dor
- Regulação da temperatura. O fluxo de sangue através da pele permite-nos aquecer ou arrefecer consoante a necessidade do organismo. Além disso, localizam-se na pele as glândulas sudoríparas, responsáveis pela produção de suor, que permitem arrefecer a pele
- Prevenção da desidratação. A pele auxilia na regulação da quantidade de água que é libertada pelo corpo
- Libertação de substâncias tóxicas. Através da atividade das glândulas sudoríparas é possível libertar algumas substâncias tóxicas
Constituição da pele
Constituição da pele
A pele é composta por duas camadas principais, a derme e a epiderme, e uma terceira camada que praticamente já não faz parte da pele e que serve de ligação aos ossos e músculos, a hipoderme.
A derme é a camada responsável pela resistência e estrutura da pele. O colagénio (tipo de fibra) é o seu principal constituinte. Na derme também se localizam nervos, responsáveis pelas sensações de dor, comichão, temperatura e tato, folículos pilosos, músculos, glândulas e vasos linfáticos.
A camada derme é constituída por duas subcamadas:
- Camada reticular – mais profunda e contínua com a hipoderme
- Camada papilar – mais superficial. Contém vários vasos sanguíneos que fornecem oxigénio e nutrientes à epiderme e ajudam a regular a temperatura do corpo
A epiderme é uma camada mais fina que a derme e não contém vasos sanguíneos. Os nutrientes para esta camada chegam através dos vasos da camada papilar da derme.
As células mais numerosas na epiderme chamam-se queratinócitos. Estas células produzem uma substância responsável por conferir resistência e permeabilidade à epiderme – a queratina.
É também na epiderme que estão os melanócitos. Estas células têm como função a produção de melanina, que é a substância que dá cor à pele.
Os melanócitos não se encontram só na pele, estes também estão presentes nos olhos e nos tecidos de revestimento (mucosas) de alguns órgãos, como no sistema digestivo e órgãos genitais.
A cor da pele
A cor da pele
A cor da pele é determinada por uma substância produzida pelos melanócitos, chamada melanina. A maior ou menor quantidade de melanina faz com que a pele seja mais escura ou mais clara, respetivamente.
A quantidade de melanina não é igual em todas as zonas do corpo. Existem áreas onde está mais concentrada, como nos mamilos, axilas, órgãos genitais ou sardas, e áreas de menor concentração, como as plantas dos pés e as palmas das mãos.
A produção de melanina pelos melanócitos é influenciada, essencialmente, por fatores genéticos, o que justifica que algumas crianças nasçam mais morenas do que outras sem que nunca tenham sido expostas ao sol. A produção de determinadas hormonas e a exposição à luz solar também influenciam a produção de melanina.
A alimentação também pode influenciar a cor da pele. O caroteno é um pigmento amarelo, facilmente encontrado em vegetais como o milho e a cenoura. Quando consumido em grandes quantidades, este acumula-se em algumas células da derme e hipoderme, provocando uma cor amarelada. Essa coloração vai desaparecendo à medida que o consumo é diminuído.
Os Sinais
Os sinais
Os sinais são muito frequentes, a maioria das pessoas tem entre 10 a 40 sinais. Eles representam um aglomerado de melanócitos.
No que diz respeito à coloração, os sinais podem ter um tom rosa, castanho-claro, castanho-escuro ou a tonalidade da pele. Em termos de formato podem ser redondos, ovais, achatados ou volumosos.
Embora alguns sinais possam estar presentes desde o nascimento, a maioria desenvolve-se durante a infância e adolescência ou até mesmo na vida adulta, até aos 40 anos de idade.
Ter sinais é normal, mas deve prestar-lhes atenção. Ao longo da vida, a forma, cor e tamanho dos sinais podem mudar sem que isso seja sinal de doença. No entanto, é necessário que esteja atento a essas mudanças e que faça o autoexame regularmente.
ref. (59)(60)
Este texto foi revisto e atualizado em dezembro de 2014.
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