Cancro do pâncreas
O cancro do pâncreas é o 7º mais comum na Europa. É já a 5ª causa de morte relacionada com cancro, sendo responsável por 70.000 mortes por ano e prevê-se que, brevemente, passe para a 4ª causa de morte por cancro, em ambos os sexos.
Nos homens, a taxa de incidência média anual europeia é de 11,6 casos por 100.000 indivíduos, com variações de 4,7 no Chipre e 17,2 na Hungria. No caso das mulheres a mesma taxa é de 8,1 casos por 100.000 indivíduos, também com variações de 2,1 no Chipre e de 11,4 na Finlândia.
A taxa de mortalidade Europeia ronda os 35.000 casos por ano. A incidência tende a aumentar com a idade e a grande maioria dos casos são diagnosticados após os 65 anos.
O prognóstico deste tipo de cancro é ainda bastante delicado. O estudo EUROCARE 4 aponta que a taxa de sobrevivência a 1 ano varia entre 11% em Malta e 28,3% na Bélgica. A elevada taxa de mortalidade é justificada, não só pela agressividade do cancro, mas também pelo diagnóstico tardio, uma vez que, os sintomas surgem numa fase avançada e nem sempre são sugestivos.
A maioria dos cancros do pâncreas classificam-se dentro do tipo ductal. Afeta as células dos ductos pancreáticos, correspondendo a mais de 80% dos casos. Os outros tipos de cancro do pâncreas, menos comuns, podem incluir o carcinoma de células acinares ou os tumores neuroendócrinos.
Os tumores do pâncreas podem afetar a totalidade do órgão ou apenas uma parte, como por exemplo a cabeça.
Como em todas as doenças oncológicas, o cancro do pâncreas é classificado segundo o seu estádio de desenvolvimento. Atualmente, pode classificar-se o cancro do pâncreas em sete estádios, consoante a sua localização, envolvimento de nódulos linfáticos e a presença de metástases (formação de uma nova lesão cancerígena noutro local que não o da lesão inicial). Os estádios do cancro são importantes para uma orientação do tratamento.
Estádio |
T – Localização |
N – envolvimento dos gânglios linfáticos |
M - Metástases |
Tis – tumor localizado |
N0 – Sem metástases nos gânglios linfáticos regionais |
M0 – Sem metástases noutros órgãos |
|
IA |
T1 – Tumor limitado ao pâncreas com dimensão inferior ou igual a 2 cm |
N0 – Sem metástases nos gânglios linfáticos regionais |
M0 – Sem metástases noutros órgãos |
IB |
T2 - Tumor limitado ao pâncreas com dimensão superior a 2 cm |
N0 – Sem metástases nos gânglios linfáticos regionais |
M0 – Sem metástases noutros órgãos |
IIA |
T3 – Tumor estende-se além do pâncreas mas não envolve o eixo celíaco nem artéria mesentérica superior |
N0 – Sem metástases nos gânglios linfáticos regionais |
M0 – Sem metástases noutros órgãos |
IIB |
T1 - Tumor limitado ao pâncreas com dimensão inferior ou igual a 2 cm |
N1 – Metástases nos gânglios linfáticos regionais |
M0 – Sem metástases noutros órgãos |
|
T2 - - Tumor limitado ao pâncreas com dimensão superior a 2 cm |
N1 – Metástases nos gânglios linfáticos regionais |
|
|
T3 - Tumor estende-se além do pâncreas mas não envolve o eixo celíaco nem artéria mesentérica superior |
N1 – Metástases nos gânglios linfáticos regionais |
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II |
T4 – Tumor que envolve o pâncreas, o eixo celíaco ou a artéria mesentérica superior |
N0, N1 ou Nx (os gânglios linfáticos não podem ser avaliados) |
M0 – Sem metástases noutros órgãos |
IV |
Qualquer T dos anteriores |
N0, N1 ou Nx (os gânglios linfáticos não podem ser avaliados) |
M1 – Com metástases noutros órgãos |
ref. (55)
Este texto foi revisto e atualizado em outubro de 2014
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